sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Síndrome de Burn Out é a terceira maior causa de afastamento do trabalho

Os dados são da Previdência Social e dizem respeito aos afastamentos em 2009.

Perfeccionismo é fator de risco para esta doença insidiosa, que ataca a motivação de gente que rala, sem distinção de cargos hierárquicos.

O "burn out", termo que em inglês designa a combustão completa, está incluído no rol dos transtornos mentais relacionados ao trabalho. Foi a terceira maior causa de afastamento de profissionais em 2009, segundo dados da Previdência Social.

A síndrome é bem mais que "mero" estado de estresse, não pode ser confundida. Esse transtorno psíquico mescla esgotamento e desilusão. Pode ser desencadeado por uma exposição contínua a situações estressantes no trabalho, explica a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente no Brasil da Isma (International Stress Management Association), entidade que pesquisa o "burn out".

"A doença é gerada pela percepção de que o esforço colocado no trabalho é superior à recompensa. A pessoa se sente injustiçada e vai se alienando, apresentando sintomas como depressão, fobias e dores musculares."

É a doença dos idealistas, diz Marilda Lipp, do Centro Psicológico de Controle do Stress e professora de psicologia da PUC-Campinas.

"O 'burn out' é um desalento profundo, ataca pessoas dedicadas demais ao trabalho, que descobrem que nada daquilo pelo que se dedicaram valeu a pena."

O estresse, compara Lipp, tem um componente biológico forte, ligado a situações em que o corpo tem de responder ao perigo. Já o "burn out" é um estado emocional em que a pessoa não sente mais vontade de produzir.

"Tem a ver com o valor depositado no trabalho", diz Lipp. "Quem apresenta exaustão emocional, não se envolve mais com o que faz e reduz as ambições pode estar sofrendo do transtorno."

O diagnóstico não é fácil: a apatia gerada pelo "burn out" pode sugerir depressão ou síndrome do pânico.

Médicos, professores e policiais são grupos de risco, diz Duílio de Camargo, psiquiatra do trabalho ligado ao Hospital das Clínicas.

DESMAIOS
O professor Cláudio Rodrigues, 43, entrou em combustão total por duas vezes. Começou como um estresse, que foi se acumulando ao longo de dez anos.

Ele lecionava 13 horas por dia numa escola da zona sul de São Paulo. E se frustrava com salas lotadas e alunos desinteressados, conta.

"Via um aluno meu entregando pizza junto com alguém que nunca tinha estudado. Eu me sentia impotente como professor". Deprimido, se manteve afastado das salas por dois anos. Em 2004, depois de receber acompanhamento psiquiátrico e tomar medicação, voltou. Em maio deste ano, recaiu.

"Nada tinha mudado na escola, estrutura péssima. Eu me sentia responsável por estar levando todos os alunos a um caminho sem futuro."

No meio de uma aula, o professor começou a suar e sentir o corpo ficar mole. Saiu e desmaiou na escada. Na semana seguinte, enquanto caminhava para o trabalho, desmaiou de novo. Está afastado desde então.

"Sinto uma insatisfação por ver que o meu trabalho não vale a pena", desabafa.

A vigia Lucimeire Stanco, 34, também passou um tempo licenciada por causa de "burn out". Em 2006, ela fazia a ronda noturna em um colégio da zona leste. Passava a noite só e por duas vezes teve que se esconder quando tentaram invadir o lugar.

"Sentia desânimo porque não me tiravam daquela situação. Me sentia rejeitada, vítima." Ela se tratou e se readaptou. Hoje, só trabalha de dia, e acompanhada de outros vigias.

Casos como esses são tratados com psicoterapia e antidepressivos mas, segundo Marilda Lipp, a medicação só combate os sintomas.

"A pessoa precisa reavaliar o papel do trabalho em sua vida, aprender a dizer não quando não tem condições de executar algo e reconhecer o próprio valor, mesmo que outros não o façam."

FACA NA GARGANTA
"Eu era infeliz e não sabia", afirma a empresária Amália Sina, 45. Hoje ela é a dona do negócio, mas há quatro anos, era a vice-presidente, na América Latina, de uma multinacional e responsável pelas atividades da empresa em 22 países.

"Dava aquela impressão de que o mundo girava em torno do trabalho, sempre com a faca na garganta", diz.

Para a empresária, o apoio que teve da família e a prática de exercícios a ajudaram a suportar as pressões. Até ela deixar a função executiva.

A empresária adotou a estratégia correta para prevenir um "burn out", segundo o psiquiatra Duílio de Camargo. "A pessoa chega a esse estado sem saber o que tem. Se não tiver acolhimento da família, o desconforto aumenta."

Na visão de Eugenio Mussak, fisiologista e professor de gestão de pessoas, as providências para prevenir essa patologia do trabalho devem partir tanto do sujeito quanto da empresa.

Segundo Mussak, todo mundo que trabalha bastante deve se permitir algumas atividades diárias cuja única finalidade seja o prazer, para compensar o clima estressante. E se o ambiente de trabalho puder criar um "estado de férias", melhor ainda.

"Chefes compreensivos, que valorizam o esforço e respeitam os limites de seus subordinados criam um ambiente menos favorável ao "burn out'", diz o professor.

Ele continua: "É preciso respeitar o limite entre o que é profissional e o que é pessoal, e a empresa deve estimular o trabalhador a respeitar esses limites também."

Fonte: Folha de S.Paulo, 03/11/2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

HOMENAGEM AOS PROFESSORES E PROFESSORAS

A imortalidade de que se reveste a natureza humana faz o ser humano sempre presente. Presente pela amizade que conquistou; Presente pelo exemplo que legou; Sempre presente porque “educou”. (Michel Wolle)

Parabéns à todos aqueles que dedicam suas vidas ao ensino, que disseminam o saber e o conhecimento.
Que a sua jornada seja linda e marque a vida de todos na sua passagem.
Mesmo que, infelizmente, a sua grandeza não seja reconhecida, e seu trabalho não seja valorizado, sem a tua dedicação e amor à profissão, não seríamos o que somos hoje.

PARABÉNS PROFESSORES E PROFESSORAS DE NOVO PROGRESSO PELA PASSAGEM DE SEU DIA SÃO OS VOTOS DO SINTEPP DE NOVO PROGRESSO.

DIA DOS(as) PROFESSORES(as)

Pensando sobre a atual realidade das escolas públicas pouco temos para festejar. A grande maioria das escolas públicas está em péssimas condições. O que não falta são Prédios mal estruturados, com pouco conforto térmico. Há prédios degradados, sem ventiladores, com vidros quebrado, carteiras e cadeiras velhas sem conforto para os alunos. Pichações estão sempre presentes.
Faltam materiais e recursos pedagógicos.
As condições de trabalho estão cada vez piores. Salários baixos que levam os profissionais da educação a terem longas e estafantes jornadas. Muitos adoecem, e ficam sem estimulo algum para trabalhar.
A violência está sempre presente nas escolas.
As avaliações externas apresentam resultados cada vez mais desesperadores.
Então, comemorar o quê?
Até mesmo a Lei 11738, lei federal que institui o Piso Salarial dos Professores, e que é um avanço, é contestada por Secretários da Educação que não querem fazer cumprir a Lei.
Pela Nova Lei, todo professor tem direito a dois terços da sua jornada para realizar atividades extra-classes, como preparar aulas, corrigir provas e se atualizar. Isto é de extrema importância para a qualidade do ensino e das condições de trabalho dos professores, talvez pudéssemos comemorar esse avanço, mas nem isso podemos, devido as intransigências dos governos estaduais.
Não somos valorizados! Já basta!
Acho que temos muito é que lutar, para avançar na melhoria de direitos e melhorar a qualidade do Ensino e das Escolas Públicas.
E chega do discursos dos politiqueiros que em anos eleitorais prometem fazer tudo pela Educação Pública neste país, e na hora de aplicar a Lei, o que fazem? Mais discursos vazios de conteúdo.
Vamos a LUTA, para que um dia possamos ter algo de bom para comemorar no dia dos Professores.


Por Thaís Maria Sperandio
fonte:http://coordenacao-ativa.blogspot.com

terça-feira, 28 de setembro de 2010

PROPOSTAS DOS PRESIDENCIÁVEIS

A educação não se tornou um eixo estruturante da campanha presidencial. Na verdade, nunca tivemos uma campanha eleitoral tão desestimulante em termos programáticos.

De qualquer forma, reproduzo no dia de hoje, faltando pouco tempo para o pleito, o resumo de entrevistas sobre educação recolhidas pelo Jornal do Campus da USP.
Apresento os resumos em ordem alfabética.

Dilma

Dilma finca suas propostas para a educação na base já construída com o Governo Lula. Pretende-se manter essas diretrizes e ampliar os recursos para o setor – de 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 7%, sem detalhar como isso será feito, e manter o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério (FUNDEB).
Quanto às novas propostas, destacam-se a valorização do profissional da educação, pois segundo a candidata “Não se faz ensino de qualidade sem professor bem pago, valorizado e respeitado” e a promoção da inclusão digital, com banda larga e produção de material pedagógico digitalizado.

A construção de seis mil creches até 2014 também estão nos planos da candidata – uma pesquisa de Junho/2010 realizada pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostrou que apenas uma em cada cinco crianças de zero a três anos tem acesso a creches no país – bem como a ampliação do Programa Mais Educação (programa de educação integral) para 32 mil escolas (estima-se que até o final desde ano 10 mil escolas farão parte do Mais Educação). E para assegurar o acesso a universidade às minorias como indígenas e afro descendentes, a candidata se coloca a favor das cotas raciais e socioeconômicas.

Marina

Segundo a coordenadora das propostas de educação no programa de governo de Marina Silva, Neca Setúbal, a parcela do PIB destinada à educação saltaria de cerca de 5% para 7%, com a diminuição de gastos públicos e punição da corrupção. Assim, outro setor não precisaria sofrer com a redução de verba.

A ideia central das propostas é uma parceria entre escolas do ensino básico e universidades públicas para que, com a formação de professores qualificados por essas instituições, diminua a carência de profissionais no setor e, consequentemente, a evasão de alunos nas escolas. Para tanto, ela defende licenciaturas curtas em universidades e uma visão sistêmica de formar professores e reformular os currículos, com a intenção de deixá-los mais atrativos. Portanto, o incentivo à entrada de alunos de ensino médio no superior é primordial segundo as propostas de Marina, que propõe um acesso mais democrático ao ensino superior, por meio de ações como a ampliação do ProUni.

Marina Silva acredita que a extensão universitária deveria ser parte do currículo. De acordo com as propostas publicadas em seu site, a candidata acredita que a extensão está relacionada à função social da universidade como forma de devolução para a sociedade daquilo que é investido.

Plinio

Plínio é o quarto candidato com mais intenções de voto para a presidência da república, segundo o Datafolha. Suas propostas para a Educação, porém, seguem uma linha diferente da dos candidatos a sua frente nas pesquisas. O presidenciável propõe que 10% do PIB brasileiro seja dedicado à educação. Para tal, ele defende a auditoria do pagamento da dívida pública.

Formado em Direito pela USP, foi também professor, portanto acredita na necessidade de salários mais altos para os docentes, com turmas menores para facilitar o ensino, e tempo de dedicação à preparação de aulas contando como tempo de trabalho. “Quando eu dava aulas na universidade, eu levava mais tempo preparando uma aula do que a aula. Professor tem que ter salário adequado e, mais que isso, professor tem que ter status. Esse país está tão deteriorado. O professor é um coitado. Isso não está certo. Isso nós vamos acabar”, explica.

Em relação à educação pública, ele é direto: “Escola pública em todos os níveis e para todos. Dinheiro público financiando única e exclusivamente escola pública. Investimento privado em educação não pode. A educação não pode ser mercadoria. Esse é o princípio. A educação interessa ao povo brasileiro e interessa a cada um de modo que toda escola será uma escola pública

Serra

José Serra institui como mastro de suas propostas para educação a implantação do ProTec. O nome não é coincidência, e faz referência ao ProUni, programa criado por Lula.

No ProTec pretende-se que o aluno tenha bolsas de estudos integrais ou parciais para cursos técnicos. O governo fará o cadastramento e a avaliação das instituições de ensino que participarão do programa, para que a qualidade e os cursos sejam adequados à vocação da região onde os beneficiados moram. Assim, o aluno poderá se especializar em uma área de interesse das empresas contratantes. O candidato pontua que as famílias que recebem o programa Bolsa Família terão acesso especial ao programa.

Para reforçar o aprendizado em sala de aula, Serra espera colocar dois professores por classe de primeira série do Ensino Fundamental. E assim como já é feito no estado de São Paulo, Serra pretende distribuir cem milhões de livros por ano para professores e alunos a partir do 5º ano do Ensino Fundamental. “A leitura incentiva a cultura, o raciocínio e ajuda na melhora da educação que é um dos nossos grandes objetivos”, esclareceu o candidato. O programa custou ao Estado de São Paulo 60 milhões de reais, e espera desenvolvê-lo na esfera federal pelo custo de 450 a 500 milhões de reais.

Por Luiz Araújo (http://rluizaraujo.blogspot.com)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Câmara dos Deputados debate reajuste do Piso para 2011

Na última terça-feira (17), a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados promoveu audiência pública para discutir o reajuste do PSPN, em 2011. A CNTE participou da atividade juntamente com o Ministério da Educação, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e a Confederação Nacional dos Municípios.

As contas preliminares apresentadas pelo Ministério da Educação confirmam a previsão da CNTE para reajuste do Piso, no próximo ano, na ordem de 15,29%. Esse percentual, desde já, serve de referência para estados e municípios preverem, em seus projetos de leis orçamentárias, o menor vencimento inicial para a carreira do magistério público.

Outro ponto relevante do debate com os parlamentares referiu-se à aprovação do PL 3.776 - na versão modificada pelo PLC 321/09, do Senado - fruto de acordo envolvendo o Parlamento, gestores e trabalhadores. O referido projeto prevê ganho real anual para o Piso, bem como salvaguarda de aplicação mínima do Índice de Preços ao Consumidor na hipótese de o percentual de correção do valor mínimo do Fundeb ser inferior ao INPC/IBGE.

A CNTE também lembrou os parlamentares sobre a necessidade de se pressionar o Supremo Tribunal Federal a votar o mérito da ADI 4.167, impetrada pelos governadores “Inimigos da Educação, Traidores da Escola Pública”, pois somente com a total constitucionalidade da Lei 11.738 será possível resgatar a valorização dos profissionais da educação. Sobre esta questão, a Frente Parlamentar em Defesa do PSPN se comprometeu em apoiar o ato da CNTE, dia 16 de setembro, no STF, quando será entregue aos ministros do Tribunal um dossiê sobre o descumprimento da Lei 11.738 e o pedido de urgência para julgamento da ADI 4.167.

Outra agenda importante da CNTE, nesta quinta-feira (19), refere-se à primeira reunião da Mesa de Negociação do Piso, à qual terão assento, além de nossa Confederação, o Consed, a Undime e o MEC. Esperamos que esse momento viabilize a implementação do Piso, à luz da Lei 11.738, vinculado-o à carreira e projetando seu poder de compra para patamares mais dignos para o pleno exercício da profissão de educador.
fonte: CNTE

terça-feira, 10 de agosto de 2010

ESTAMOS TODOS DE LUTO

A EDUCAÇÃO DE NOVO PROGRESSO PERDE UM DE SEUS ALIADOS. UM RAPAZ BATALHADOR QUE SEMPRE ESTEVE DISPOSTO A AJUDAR, SEM PEDIR ALGO EM TROCA. NOSSOS PESAMES AOS FAMILIARES.
QUE O SENHOR CONSOLE VOSSOS CORAÇÕES NESSE MOMENTO DE DOR E ANGÚSTIA. POIS É SÓ DEUS PARA NOS AMENIZAR A DOR DA PERCA.
O SINTEPP LAMENTA ESTA PERCA.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Senado Federal aprovou licença-maternidade de 180 dias

03 Ago 2010 . 18:25 h . Agência Estado . portald24am@gmail.com
A matéria entrou na pauta do esforço concentrado da Casa.

Brasília - O Senado aprovou, em segundo turno, por 62 votos a favor e nenhum contrário, a proposta de emenda constitucional (PEC) 64/07 que amplia de quatro para seis meses o prazo de licença-maternidade. A matéria segue para análise da Câmara dos Deputados. Se houver vontade política dos deputados, o projeto pode ser apensado à proposta de mesmo teor (PEC 30/07), da deputada Ângela Portela (PT-RR), que está pronta para votação no plenário. Para isso, basta que o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), determine o apensamento da proposta do Senado à matéria de autoria da deputada petista.

De autoria da senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), a PEC aprovada pelos senadores modifica a Constituição Federal para tornar obrigatória a licença-maternidade de 180 dias para empresas públicas e privadas. Na prática, a proposta amplia o alcance da Lei 11.770/08, de autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), que faculta às empresas privadas a concessão da licença de seis meses, em troca de benefícios fiscais - permite a dedução das despesas extras com a trabalhadora gestante do Imposto de Renda

Rosalba Ciarlini - que era médica pediatra antes de ingressar na política - não acredita que o setor privado ofereça resistência à ampliação do prazo. Ela argumenta que a taxa de natalidade do País, atualmente de 1,9 filho por casal, vem caindo sistematicamente. Acrescenta que as experiências recentes mostram que a mãe que passa mais tempo com o filho retorna mais produtiva ao trabalho. Complementa que o ciclo de seis meses de amamentação garante mais saúde ao recém nascido e, com isso, reduz as faltas da mãe ao trabalho.

Os senadores esperam grande repercussão eleitoral com a aprovação da matéria. Por causa dessa proposta, a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, interrompeu a campanha presidencial e reassumiu o mandato de senadora só para votar favoravelmente à ampliação da licença-maternidade.

O líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP), afirmou que a ampliação da licença "ajudará seguramente a melhorar essa fase tão decisiva que é a primeira infância". Ele ressaltou, entretanto, que será preciso reduzir outros custos da folha de pagamento para não prejudicar a eficiência econômica da matéria nem o mercado de trabalho para as mulheres.

Salário de professor varia até quatro vezes entre estados

Valorização profissional não acompanha importância do docente para a educação. Diferenças salariais são grandes

A valorização dos professores é considerada ponto crucial para o sucesso das escolas com bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com salários de até R$ 7 mil, cursos de especialização pagos pelas instituições onde trabalham e inúmeros recursos à disposição, esses professores podem se considerar privilegiados em relação ao cenário nacional.

A realidade salarial para a maioria das escolas do País é bastante diferente das melhores escolas no ranking do Enem, composto em sua maioria por instituições privadas. Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com dados de setembro de 2009, mostra que há professores que, mesmo com diploma de ensino superior, ganham pouco mais de um salário mínimo.

No Ceará, Estado com uma das remunerações mais baixas do País, docentes em início de carreira ganham, em média, R$ 627,08 por mês. O valor é quatro vezes menor do que recebem os professores iniciantes no Distrito Federal. Incluindo todas as gratificações, os salários dos cearenses não ultrapassam R$ 739,29 quando começam a dar aulas.

No Amazonas, os docentes recebem pouco mais que isso: R$ 841,32. De acordo com a pesquisa realizada pela CNTE, em Roraima, os iniciantes ganham apenas R$ 10,19 a mais que no Estado vizinho. Em todos esses casos, os profissionais que lecionam nas escolas amazonenses não recebem o piso salarial definido em lei para a categoria.

Remuneração mínima

Em junho de 2008, foi aprovada pelo Congresso Nacional uma emenda constitucional que institui o piso salarial nacional para os professores. A categoria é a única do País a ter o benefício assegurado na Constituição Federal.

Segundo a lei, os Estados e municípios teriam até 1º de janeiro de 2010 para começar a pagar a remuneração mínima de R$ 950 a docentes que trabalhassem 40 horas semanais e tivessem o ensino médio completo. O valor já subiu para R$ 1.024, segundo correção feita pelo MEC na data em que o piso se tornaria obrigatório em todo o País.

Apesar da determinação legal, milhares de professores estão longe de receber esses valores. Os governos de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Ceará, com apoio da Confederação Nacional dos Municípios (CMN), entraram com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a emenda constitucional. Para eles, o valor definido pela lei seria superior ao que poderia ser pago pelos Estados sem comprometer seus orçamentos.

“O STF já julgou que o piso é constitucional, mas os Estados reclamam que o valor de R$ 1024 deve ser a soma do salário base com as bonificações. A lei diz que o piso é só o salário base e as bonificações devem ser pagas além dele”, explica o vice-presidente do CNTE, Milton Canuto de Almeida.

O STF precisa dar um parecer final para acabar com o impasse. Até lá, muitos profissionais continuarão recebendo o piso como soma do salário-base com benefícios. “Se o piso considerar o valor dos benefícios, os professores podem ser prejudicados na aposentadoria, que é calculada a partir do salário base e não das bonificações. Este pode ser um grande prejuízo para o professor”, explica Almeida.

Em Santa Catarina, os docentes são pagos dessa forma. O menor salário-base é o pago pelo Estado aos iniciantes: R$ 534,46. Porém, com o pagamento de regências de classe, a remuneração média chega a R$ 1.023,24. “Ninguém no Estado ganha menos que o piso e, enquanto o STF não julgar que o piso deve ser sem os acréscimos, podemos pagar desta forma. No dia que isso mudar, nós nos adaptaremos, mas, até lá, estamos dentro da lei”, defende a diretora de Desenvolvimento Humano da Secretaria de Educação de Santa Catarina, Elizete Melo.

Na opinião da diretora, a situação do professor em Santa Catarina não é tão desfavorável. “A maioria deles tem formação em licenciatura, por isso esse valor é pago para poucos”, afirma.

Diferenças entre municípios

No Ceará, a rede estadual paga pelo menos R$ 1.024 para os 300 professores da rede que não possuem diploma de licenciatura. “Eles estão fora da sala de aula, em processo de aposentadoria. A remuneração média dos professores da rede com carga horária de 40 horas semanais é de R$ 2.240,30”, afirma Marta Emília Silva Vieira, coordenadora de gestão de pessoas da Secretaria da Educação do Ceará.

Realidade bem diferente da cearense é a da capital federal. O DF chega a pagar R$ 2.551,59 com bonificações. O Amapá aparece em segundo lugar entre os que melhor pagam os professores. A remuneração total é de R$ 1.895,22, mas o salário-base não passa de R$ 971,91. Em São Paulo, a remuneração média paga para um professor iniciante, com ensino médio e que trabalha 30 horas semanais, é de R$ 1.213,26.

Os salários pagos aos professores são inferiores às remunerações de outros profissionais cujo papel é essencial para a sociedade. Médicos, advogados, engenheiros, contadores, policiais e caixas de banco ganham mais.

Carência de profissionais

A baixa remuneração contribui para que um problema antigo das escolas brasileiras continue sem solução em um curto período de tempo: a falta de profissionais. Com a crescente expansão de investimentos e leis que tornaram obrigatórios o ensino fundamental de nove anos e o ensino médio, cada vez mais professores serão necessários nas salas de aulas brasileiras.

O último levantamento oficial feito para tentar mensurar a quantidade de docentes que o País precisa para atender à demanda brasileira apontava uma carência de 250 mil professores nas escolas brasileiras. O estudo elaborado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) com a ajuda do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) se baseou em dados de 2007.

De lá para cá, os números não foram atualizados. Mas um dos autores do estudo, Mozart Neves Ramos, acredita que a realidade atual permanece a mesma de dois anos atrás. “Não há como fazer uma mudança assim em tão pouco tempo. Só para formar os futuros professores são necessários quatro anos. Acho que a partir do ano que vem poderemos perceber os impactos das políticas adotadas”, pondera.

O estudo realizado por Mozart mostra que as maiores carências são nas áreas de exatas: física, química, matemática e biologia. Só em física é preciso contratar 23,5 mil novos professores para o ensino médio. Mozart, que é conselheiro do CNE, lembra que tão importante quanto suprir essa carência é corrigir outro problema presente nos quadros docentes dessas disciplinas. Muitos dão aulas sem formação específica para as áreas.

Apenas 5% dos professores de física das séries finais do ensino fundamental têm licenciatura na área. Em química, apenas 10,4% dos docentes têm formação adequada. Em biologia, 16,4%. Mesmo em língua portuguesa, a disciplina dessa fase que mais possui professores com formação adequada para o ensino da matéria, os qualificados não passam de 65% do quadro de profissionais da área.

No ensino médio, as áreas em que há mais profissionais com formação inadequada são física (só 25,1% dos docentes têm formação na área) e química (28% dão aulas sem qualificação adequada). “Esse é um problema que tem de ser analisado no mesmo patamar de importância do déficit de docentes. Essa é uma situação igualmente grave”, ressalta.

“É preciso reconhecer que muitas medidas foram tomadas após esse estudo para enfrentar esse problema. A Universidade Aberta do Brasil, a ênfase do Reuni (programa de expansão das federais) e a implantação de programas de incentivo à docência podem aumentar a quantidade de professores formados no País”, diz. (iG)

Mais um reconhecimento para os funcionários de escola

O Ministério da Educação publicou no Diário Oficial da União da última quinta-feira, 29 de julho, a homologação das Diretrizes Básicas de Carreira para os funcionários de escolas. O documento foi proposto e aprovado anteriormente por unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

Foi mais um passo importante e mais uma vitória para a valorização dos funcionários. “Era tudo que a gente estava esperando acontecer para culminar com a área 21, com a lei 12.014. Isso só vai fazer com que os funcionários se empenhem mais, se organizem mais” afirma Alexandrino de Oliveira, coordenador do DEFE.

O coordenador explica que juntamente com a homologação das diretrizes, está a possibilidade de melhora na formação dos funcionários. “Vêm com ela os objetivos da construção de um processo de cursos universitários e tecnológicos para nós, funcionários. Ela dá essa importância”.

O presidente da CNTE Roberto Leão disse que a homologação é uma vitória para a educação brasileira. “Com esse reconhecimento os funcionários agora alcançam outro patamar. O importante agora é efetivar esse direito conquistado”.

Para ter aceso a matéria completa, clique aqui.
Fonte: CNTE, 03/08/2010

Eleições 2010: trabalhador que atuar como mesário terá direito a folga

Os trabalhadores que atuarão nas seções eleitorais como mesários nas eleições gerais de outubro, poderão folgar dois dias para cada dia trabalhado.

Em caso de segundo turno, serão até quatro dias de folga, pois os convocados para trabalhar no primeiro turno trabalharão no segundo, caso ele ocorra em seu domicílio eleitoral. Os mesários começarão a ser convocados pelos juízes eleitorais, a partir do dia 4 de agosto.

Para obter as folgas junto ao empregador, o mesário deve solicitar um comprovante ao juiz eleitoral. Os dias de folga serão combinados entre chefes e subordinados.

A Justiça Eleitoral não determina quando o período de recesso dos mesários deve ocorrer, tanto no serviço público quanto para o privado.

Escolha

O serviço prestado não é remunerado e os mesários serão nomeados entre os eleitores da própria seção, mas terão preferência os que tenham nível de escolaridade superior, os professores e os serventuários da Justiça. (Agência DIAP)

RETORNO AS ATIVIDADES

DEPOIS DE UM PERÍODO ESTUDANDO ESTAMOS DE VOLTA AS ATIVIDADES.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

SINTEPP – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará
(Filiado a CNTE) Subsede de Novo Progresso

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O SINTEPP, Subsede de Novo Progresso – PA, situado na Rua das Acácias, nº 775, Bairro Jardim Planalto, usando das atribuições estatutárias, convoca TODOS os TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO PÚBLICA deste município para ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, nesta QUARTA-FEIRA, DIA 30/06/2010, no AUDITÓRIO DA COOMINPRO, com 1ª Chamada às 16:45h, 2ª Chamada às 17:00h e 3ª e última chamada às 17:15h.

Pauta da assembléia:

- PCCR;
- O QUE OCORRER.

ESTARÁ PRESENTE NA ASSEMBLEIA O ADVOGADO DO SINTEPP.


CONTAMOS COM SUA PRESENÇA.


DARCI DE SOUZA
Coordenador Geral
SINTEPP
Subsede de Novo Progresso

Sede : Rua das Acácias 775 – CEP: 68.193.000 Novo Progresso

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A CADA DIA, UM PROFESSOR SE LICENCIA POR DOIS ANOS

Desde janeiro, 194 se afastaram da rede estadual por problemas de saúde Índice é o maior entre os servidores; problemas nas cordas vocais, na coluna e psicológicos são os mais recorrentes

O professor de história Carlos, 42, fala sozinho às vezes. Seu coração, conta, dispara sem motivo aparente. "Não conseguia controlar os alunos. Queria passar o conteúdo, poucos me ouviam. Foi me dando uma angústia. Fiquei nervoso."
Não era assim. "Eu era bem calmo", afirma, referindo-se ao período anterior a 2004, quando entrou como docente temporário na rede de ensino paulista.
Aprovado um ano depois em concurso, foi considerado apto a dar aulas, na zona sul da capital. Passados três anos, obteve uma licença médica, que se renova até hoje, sob o diagnóstico de disforia -ansiedade, depressão e inquietude.


Carlos espera nova perícia. Quer se tornar readaptado -situação de servidores com graves problemas de saúde, que ficam ao menos dois anos afastados da sala de aula. Fazem atividades administrativas na secretaria e na biblioteca, por exemplo.

De janeiro até a última sexta-feira, 194 docentes (mais de um por dia) da rede paulista foram readaptados, aponta levantamento da Folha no "Diário Oficial". Pelos cálculos da professora Maria de Lourdes de Moraes Pezzuol, que fez uma pesquisa financiada pela Secretaria da Educação, 8% de todos os professores da rede estão readaptados.

Os casos mais recorrentes são problemas nas cordas vocais, na coluna e psicológicos. A autora do estudo é ela própria uma professora readaptada.

Entre os servidores da Educação, o índice desse tipo de afastamento é maior que dos demais: 79% dos readaptados trabalham nas escolas, categoria que soma 53% do funcionalismo.

POR QUE ADOECEM
Pesquisadores apontam duas razões para tantas licenças. A primeira é a concepção da escola, que requer para as aulas estudantes quietos e enfileirados. "Isso não existe mais. Esta geração é muito ativa. O professor se vê frustrado dia a dia por não conseguir a atenção deles", diz o sociólogo Rudá Ricci, que faz pesquisas com educadores de redes públicas do país, inclusive no município de São Paulo.

A outra razão são as condições de trabalho. Em geral, os professores dão aulas em classes com mais de 35 alunos, possuem muitas turmas e poucos recursos (não há, por exemplo, microfone). Estudo divulgado na semana passada pelo Instituto Braudel e pelo programa Fulbright mostra que os docentes paulistas têm condições piores que os de Nova York.

Têm carga maior (33 horas semanais em sala, ante 25) e possuem mais alunos por sala (35 e 26, respectivamente).

FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO
Colaborou ELISANGELA BEZERRA

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Comissão aprova 14º salário de professores

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça (8) projeto que estabelece o 14º salário aos professores da rede pública de ensino.

O projeto, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), estabelece o pagamento aos professores que elevarem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de sua escola em pelo menos 50% e àqueles cuja escola apresente média seis no Ideb. Nesses casos, o pagamento será automático. O Ideb é um indicador, criado em 2005, que mede a qualidade do ensino oferecido pelas escolas públicas com base na nota da Prova Brasil e dos índices de reprovação.

“Se apenas 1% das redes escolares municipais tem escore acima de seis e nenhuma rede estadual consegue atingir essa pontuação, é provável que serão poucos os docentes a serem agraciados com a nova verba salarial”, argumentou o relator, senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Mas, segundo ele, pode-se, com isso, fazer uma estimativa otimista de que o pagamento poderá alavancar os resultados do Ideb.

O Ideb atribui uma nota para cada escola, assim como para as redes municipal e estadual, que precisam cumprir metas bienais para melhorar seus índices. Também é estabelecida uma média nacional, que em 2007 foi de 4,2 pontos em uma escala de 0 a 10. A meta do Ministério da Educação é que o país atinga a nota 6 até 2022. A matéria segue, agora, para a Comissão de Assuntos Sociais. (ABr)
fonte: Diário do Pará - 08/06/2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

MEC cria 'Enem' para selecionar professores

O Ministério da Educação (MEC) instituiu hoje um concurso para avaliar professores interessados em trabalhar na rede pública. A primeira edição do chamado Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente deverá ocorrer em 2011. Poderão participar educadores do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e da educação infantil.


Segundo o MEC, o programa foi criado a partir da demanda de Estados e municípios. Com os resultados, as secretarias de Educação não precisariam realizar concursos públicos para contratar professores - bastaria usar as notas do exame como critério de seleção.


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) será responsável pelo programa, que funcionará nos moldes do atual Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): o professor faz a prova e depois pode utilizar as notas para ingressar em diferentes redes que aderirem ao processo seletivo. A forma de utilização dos resultados será definida por cada secretaria.


Uma consulta pública sobre o exame está aberta desde a última quarta-feira no site do Inep, e ficará no ar durante 45 dias. Professores, universidades, Estados e municípios podem contribuir com sugestões sobre o que um educador deve saber no momento do ingresso na carreira do magistério.


De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União, o exame constituiu uma "avaliação de conhecimentos, competências e habilidades". O exame será realizado anualmente, com aplicação descentralizada das provas. A participação dos professores será voluntária, mediante inscrição.


O Inep montará um banco de dados e emitirá relatórios com o resultado do exame, que serão disponibilizados para instituições de ensino superior, secretarias de Educação e pesquisadores.
Por AE, Agencia Estado

Seduc prorroga por mais dois anos concursos públicos realizados

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) prorrogou por mais dois anos a vigência do prazo de validade dos concursos C-125, C-126 e C-130, realizados em 2008. A medida garante que os aprovados e classificados nos três concursos realizados nos cargos de professor nivel superior, técnico em educação, técnico em gestão pública e de nivel médio e fundamental, possam ser chamados a partir do segundo semestre de 2010. As portarias foram publicadas no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (18).

Para os aprovados no concurso C-125, foram publicadas duas portarias que passam a vigorar a partir de 10/07/2010 para os cargos de nível superior, professor AD-4 e a partir de 01/08/2010 para os cargos de nivel superior, técnico em educação. Do concurso C-130, para cargos de nível médio e fundamental a portaria vigora a partir de 18/09/2010 e para o concurso C-126, de nível superior, a portaria vale a partir de 02/09/2011.

As portarias têm base no disposto no inciso III, artigo 14, da lei n. 5810/94, que institui o Regime Jurídico Único e define os direitos,
deveres e garantias dos servidores públicos civis do Estado.

Ascom/Seduc

segunda-feira, 10 de maio de 2010

CNE aprova diretrizes Básicas para funcionários de escolas

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou por unanimidade as Diretrizes Básicas de Carreira para funcionários de escolas. “O documento é um passo importante para o reconhecimento de que esses servidores cumprem um papel de destaque também no processo e ato educativo”, explicou Maria Izabel Azevedo Noronha, conselheira do CNE e presidente da Apeoesp.


O documento amplia o sentido de educação em todo o contexto escolar. As diretrizes básicas definem, por exemplo, que há uma intencionalidade educativa quando uma merendeira prepara as refeições. “Não é um ato isolado. Quando ela prepara a comida ela aplica noções de nutrição, conhece a função dos alimentos que são feitos com algum propósito”, afirmou Izabel.

As Diretrizes Básicas deixam clara ainda a obrigatoriedade dos estados em disponibilizarem concursos públicos para a carreira de funcionário de escola pública básica e que esse têm direito a formação adequada e continuada.

“O CNE não tem força de lei, mas dá condições e patamar para superar, por exemplo, o processo de terceirização da mão de obra nos estados e municípios”, explicou José Waldivino de Moraes, secretário adjunto de políticas sindicais da CNTE.

Ele explicou que o documento aprovado pelo CNE dá um prazo de dez anos para que todos os estados e municípios superem as contratações temporárias ou terceirizados.

A terceirização dos funcionários de escola tem sido um dos maiores problemas apontados pelos educadores em instituições de ensino público. “Equivale à privatização do espaço do estado”, avalia Izabel.

Ela destaca que a terceirização traz intrínseco o problema da ‘falta de compromisso’. Isso porque um funcionário contratado por uma empresa, terá menos engajamento com o Projeto Político Pedagógico da escola e a sua obrigação passa era, primeiro, prestar contas para a contratante.

A aprovação da Diretrizes Básicas na prática vai orientar os estados a adotarem práticas de valorização e formação do funcionário público de escolas. Ela abre caminho e reforça também a necessidade de o Congresso Nacional aprovar o Projeto de Lei, do deputado Carlos Abcalil, que trata do tema.

“Eu acho que a implementação das diretrizes fortalece e soma-se ao Projeto de Lei por isso precisamos aprová-lo o mais rapidamente possível”, avalia Waldivino.

Maria Izabel recorda que o ensino fundamental de nove anos foi primeiramente aprovado pelo CNE e depois virou Lei. “Acho que a aprovação das diretrizes para funcionários também deverá ter o mesmo destino”, conclui Izabel.

Fonte: CNTE, 06/05/2010.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

RECADO A TODOS OS OLIVEIRAS DO MUNDO

Imagine-se um hipotético indivíduo que doravante chamaremos de Sr. Oliveira.

O Sr. Oliveira é um homem comum. É um pai de família.

Habita uma região metropolitana que poderia ser São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte

ou Recife ou alguma outra grande cidade.

Tem um emprego em uma instituição

financeira, ou em uma revendedora de peças por exemplo.

Pertence àquela classe média ligeira, que além de trabalhar 4 meses por ano

de graça para o governo esforça-se para pagar as contas de aluguel, escola,

natação e inglês dos filhos, plano de saúde, o guarda da rua e outros

pormenores no fim do mês.

O Sr. Oliveira levanta-se de manhã e veste-se com roupas de

algodão, algodão esse crescido nos campos de Chapadão do Sul, MS e

processado em Blumenau, SC. Talvez esteja um pouco frio, e ele use um

pulôver de lã de carneiros criados em Pelotas, RS e fabricado em Americana,

SP. Calça seus sapatos de couro vindo de bois do Mato Grosso, e fabricados

em Novo Hamburgo, RS.

Ele toma café da manhã, com ovos vindos de Bastos, SP, leite de

uma cooperativa do Rio de Janeiro, broa de milho colhido em Londrina, PR, um

mamão vindo do Espírito Santo, suco de laranja de Araraquara, SP e um

cafezinho vindo direto de São Lourenço, MG.

Ele lê um jornal, impresso em papel feito de eucalipto crescido

em Três Lagoas, MS.O Sr. Oliveira entra em seu carro, abastecido com álcool

de cana de açúcar produzida em Piracicaba, SP, com pneus de borracha saída

dos seringais de São José do Rio Preto, SP.

Enquanto ele vai ao trabalho, a Sra. Oliveira vai às compras nos

supermercados do bairro, sempre pesquisando os melhores preços das frutas,

das verduras e da carne para não apertar o orçamento familiar. No almoço, o

Sr. Oliveira come um filé de frango criado no Paraná, alimentado com soja de

Goiás e milho do Mato Grosso, com molho de tomate de Goiás. Tem arroz do Rio

Grande do Sul, feijão dos pivôs do oeste baiano. Tem salada das hortas de

Mogi das Cruzes, SP. Suco de uvas do Vale do São Francisco e de sobremesa

goiabada feita com goiabas de Valinhos, SP e açúcar de Ribeirão Preto, SP, e

queijo de Uberlândia, MG. Outro cafezinho dessa vez da Bahia.

Hoje a noite é de comemoração. Sua empresa fez um corte de

pessoal mas felizmente o Sr. Oliveira manteve o emprego. Ele leva a esposa

jantar fora. Vinho do Vale dos Vinhedos gaúcho. Presuntos e frios de porco

criado em Santa Catarina, alimentado com soja paranaense, filet mignon de

bois criados no Sul do Pará. Chocolate produzido com cacau do sul da Bahia.

E outro café de Minas, adoçado com açúcar pernambucano.

O Sr. Oliveira é um homem razoavelmente informado e inteligente.

No dia seguinte ele lerá os jornais novamente.

Pelos jornais ele ficará sabendo que há conflitos em terras

indígenas recentemente demarcadas e fazendeiros cujas famílias foram

incentivadas a ocupar aquelas terras há décadas atrás.

Pelos jornais ele ficará sabendo que a pecuária é a maior poluidora do país (embora ele mesmo

tenha o sonho de um dia abandonar a cidade poluída e viver no campo por uma

qualidade de vida melhor).

Pelos jornais ele tem notícias de invasões de

terras, de conflitos agrários, de saques e estradas bloqueadas (o Sr.

Oliveira é a favor da reforma agrária, embora repudie a violência). Pelos

jornais ele toma conhecimento de ações do Ministério Público contra empresas

do agronegócio (ele não entende que mal há em empresas que ganham dinheiro).

Pelos jornais ele acha que a Amazônia está sendo desmatada por plantadores

de soja e criadores de boi.

Mas o Sr. Oliveira pensa que isso não tem nada a ver com ele.

Pois eu gostaria de agarrá-lo pela orelha, e gritar bem alto, de megafone

talvez, não um, nem dez, mas mil megafones que TUDO ISSO É PROBLEMA DELE

SIM.

Gostaria de lhe dizer que a agropecuária está presente em todos

os dias da vida dele.

Gostaria de lhe dizer que o agronegócio gera um terço do PIB e

dos empregos do país. Gostaria de lhe dizer que quem diz que a pecuária

polui mente descaradamente.

Gostaria de lhe dizer que o maior desmatador da Amazônia é o

INCRA, que com o dinheiro dos impostos dele sustenta assentamentos que não

produzem absolutamente nada, condenando uma multidão de miseráveis

manipulados por canalhas balizados por uma ideologia assassina à eterna

assistência do Estado.

Gostaria de lhe dizer que estes mesmos canalhas estão tentando,

sob a palatável desculpa dos direitos humanos, acabar com o direito de

propriedade, arruinando qualquer futuro para o agronegócio brasileiro.

Gostaria de lhe dizer, que os mesmos canalhas querem fechar

índios que há 5 séculos estão em contato com brancos em gigantescos

zoológicos onde eles estarão condenados à miséria e ao suicídio.

Gostaria de lhe dizer que índios são 0,5% da população

brasileira e não obstante são donos de 13% do país.

Gostaria de lhe dizer que querem transformar 2/3 do país

em reservas e parque que estão sendo demarcados sobre importantes

reservas minerais e aqüíferos subterrâneos essenciais para o futuro

do país.

Gostaria de lhe dizer que a agricultura ocupa apenas 7,5%

da superfície do país, e que mesmo assim somos os maiores

exportadores do mundo de carne, soja, café, açúcar, suco de laranja e

inúmeros outros produtos.

Gostaria de lhe dizer que podemos dobrar ou triplicar a

produção pecuária do país sem derrubar uma árvore sequer.

Gostaria de lhe dizer que produtores rurais não são a

espécie arrogante e retrógrada que os canalhas dizem que são. É gente

que está vivendo em lugares onde você não se animaria a viver,

transitando por estradas intransitáveis e mortais, acordando nas

madrugadas para ver nascer um animal, rezando para chover na hora de

plantar e para parar de chover na hora de colher, com um contato e um

conhecimento da natureza muito maior do que o seu.

São gente cujos antepassados foram enviados às fronteiras desse país para garantir

que esse território fosse nosso, foi gente incentivada a abrir a

mata, abrir estradas, plantar e colher, às vezes por causa do

governo, às vezes apesar dele.

Gostaria enfim de gritar a plenos pulmões, que qualquer

problema que afete um produtor rural, uma empresa rural, uma

agroindústria É UM PROBLEMA DELE, DO PAÍS E DO MUNDO.

Sim, porque no mesmo jornal que o Sr. Oliveira leu, há

uma nota de rodapé que diz que há 1 bilhão de pessoas no mundo

passando fome. E grito finalmente para o Sr. Oliveira e tantos outros

iguais a ele: ABRA OS OLHOS! e desconfie daqueles que querem

transformar o agronegócio em uma atividade criminosa.

Autor: Fernando Sampaio - Eng. Agrônomo.
Att
Cristiani Krieser

terça-feira, 23 de março de 2010

PGR considera Lei do Piso constitucional

Parecer da Procuradoria Geral da República (PGR) considera improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4.167) ajuizada pelos governadores do Paraná, Roberto Requião; do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius; de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira; do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli; e do Ceará, Cid Gomes, e destaca que a Lei do Piso é constitucional. Diante da decisão, o processo foi devolvido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o relator da ADI, ministro Joaquim Barbosa se pronuncie.


Na opinião do presidente da CNTE, Roberto Leão, a decisão da Procuradoria Geral da República atende à reivindicação da escola pública brasileira. “A PGR está de parabéns por ter compreendido como é importante a existência de uma legislação, como a Lei nº 11.738/2008, que instituiu o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) para os professores com formação de nível médio”, destaca.


A ADI 4.167

Aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Lula em 2008, a Lei do Piso ainda não é cumprida por todos estados e municípios do País. E tudo começou com a ação dos cinco governadores que consideraram a lei inconstitucional e recorreram à Justiça alegando falta de verba para pagar o piso.

Para os governadores, a Lei 11.738 criou “regras desproporcionais” ao vincular o Piso ao vencimento básico de carreira e ao conceder limite máximo de dois terços para a jornada do professor em sala de aula.

A medida cautelar contida na ADI dos cinco governadores foi concedida parcialmente. O Supremo Tribunal Federal considerou a Lei do Piso constitucional, porém limitou sua abrangência até o julgamento do mérito da ação. Como até hoje o STF não decidiu o mérito da questão, muitos gestores públicos se apóiam nessa indecisão.


Razões políticas

Segundo Roberto Leão, “o piso é descumprido por razões políticas, não financeiras, uma vez que o Ministério da Educação tem recursos para socorrer governadores e prefeitos que alegarem não ter recursos para pagar o PSPN", acrescenta.

Leão espera que, agora com o parecer favorável da Procuradoria Geral da República, o Supremo tenha argumentos para opinar a respeito. O relator, ministro Joaquim Barbosa já se pronunciou pela constitucionalidade do piso, mas foi voto vencido.

(Fonte: CNTE - 22/03/10)

quarta-feira, 17 de março de 2010

ELEITORADO SEM EDUCAÇÃO

O governo Lula está cada vez mais “bonzinho” com todo mundo pensando que somos todos analfabetos e não estamos percebendo o que de fato está querendo. O ano eleitoral e a vontade de se manter no poder através da companheira Dilma é a grande razão de todos esses “benefícios”. Recentemente aumentou o valor da “bolsa reclusão” beneficiando a família de criminosos presos. É incrível, mas o “crime compensa” no Brasil! Agora, quer de qualquer maneira instalar urnas eleitorais em presídios para poder receber votos a seu favor, principalmente dos beneficiários da tal bolsa, lógico! Pensando bem, parece uma medida “justa” em favor desses que se encontram à margem da sociedade, considerando que muitos políticos com fichas sujas irão exercer livremente o sagrado direito do voto. Aliás, vários até serão eleitos por culpa da ignorância da maioria do eleitorado brasileiro. Assim, vai acontecer de tudo nas próximas eleições e o futuro do Brasil continuará incerto. “Nunca antes na história deste país” se viu coisa parecida, não é, presidente? Qual a solução para evitarmos essa catástrofe? Seria a maioria do eleitorado brasileiro passar a ler mais e a analisar com inteligência todas essas armadilhas que o governo atual está armando diariamente para se manter no poder. Agora, como fazer isso se essa grande massa não gosta e muitos sequer sabem ler? Para piorar, o governo petista espertamente tem massacrado o sistema educacional para que esse quadro não mude e isso é lamentável. A grande maioria das escolas funciona à base do esforço e dedicação de professores que, mesmo recebendo um ridículo salário, usam recursos próprios para poderem fazer o mínimo possível. E assim, este país vai capengando internamente enquanto o presidente passeia pelo mundo “convencendo” a todos que já somos uma “maravilha”. E os prêmios e condecorações vão se amontoando nas prateleiras do Palácio do Planalto não contribuindo em nada para a melhoria de vida dos mais carentes. Estes já se dão por satisfeitos com as várias bolsas recebidas fazendo-os entender que não precisam estudar e nem trabalhar. Não sou contra as bolsas, volto a afirmar, mas elas deveriam ser direcionadas apenas aos idosos e incapazes sem amparo familiar. Os outros precisam de saúde, educação e emprego. Diante deste quadro, e para ser bem franco, está muito difícil vislumbrarmos mudanças para melhor. Mas, não vamos perder a esperança de um dia vermos novamente o nosso país sério e íntegro, com saúde, segurança, educação e emprego. Dinheiro existe, recolhido através de exagerados impostos que pagamos. Não podemos nos conformar em termos apenas o melhor futebol e carnaval, até porque isso é muito pouco e não elimina o maldito título de sermos também um dos países mais corruptos do planeta!

Humberto Jônatas Jorge Miranda
humberto.jonatas@hotmail.com
Belém – Pa.

segunda-feira, 15 de março de 2010

TA RECLAMANDO DE QUÊ?



" Tá " Reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? Do Renan? do Palocci? do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? do Jucá? do Kassab? dos mais 300 picaretas do Congresso? E você?


Brasileiro Reclama De Quê?

O Brasileiro é assim:

1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.

5. - Fala no celular enquanto dirige.

6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.

7. - Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.

8. - Viola a lei do silêncio.

9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.

10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas
desculpas.

11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.

12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao
trabalho.

13. - Faz " gato " de luz, de água e de tv a cabo.

14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado,
muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de
renda para pagar menos imposto.

16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através
do sistema de cotas.

17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10
pede nota fiscal de 20.

18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se
fosse pouco rodado.

21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são
pirata.

22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da
roleta do ônibus, sem pagar passagem.

24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como
clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.

27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que
recebe das empresas onde trabalha.

28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que
ainda não foi inventado.

29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o
fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes
não devolve.

E quer que os políticos sejam honestos...

Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas...

Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não?
Brasileiro reclama de quê, afinal?

E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma
mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!

Vamos dar o bom exemplo!

Espalhe essa idéia!

"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os
nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores
(educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso
planeta, através dos nossos exemplos..."

Amigos!
É um dos e-mails mais verdadeiros que recebi!

A mudança deve começar dentro de nós, nossas casas, nossos valores, nossas atitudes!

fonte: email recebido de Leila Friedel

quinta-feira, 4 de março de 2010

BBB 10 UMA AFRONTA AOS BONS COSTUMES E A MORAL

BBB 10!!!
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos heróis, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE : é putaria ao vivo!!!
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um zoológico humano divertido . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os animais do zoológico: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a não sou piranha mas não sou santa, o modelo Mr. Maringá, a nordestina sorridente, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Estão Vulgarizando a palavra Herói,...Os militares que morrera devido ao terremoto no Haiti foram considerados Heróis,.....Herói = Homem notável pelo seu valor,...
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados..
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o escolhido receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores )
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um artigo de Jabor, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
fonte: autor desconhecido.
p.s. mas eu concordo com o que está escrito.

quarta-feira, 3 de março de 2010

DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA

AVISO AOS AFILIADOS AO SINTEPP
JA ESTAMOS FAZENDO A DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA.

domingo, 31 de janeiro de 2010

APOSENTADORIA PARA SUPORTE AO MAGISTÉRIO


Em 2006 foi editada a Lei 11.301, com objetivo de conceituar legalmente o que vem a ser as tais funções de magistério. Isso foi necessário porque, muito embora no âmbito do Conselho Nacional de Educação já fosse antiga a definição, não havia um posicionamento legal sobre a sua abrangência e limite, enquanto que em várias passagens legais está presente o termo funções de magistério.
Nesse comentário, nos importa a referência a funções de magistério que consta na redação do art. 201, §8º e art. 40, §5º da Constituição Federal, onde se atribui uma aposentadoria diferenciada para o professor que tiver exclusivo tempo de exercício das funções do magistério.
Pela redação da Lei 11.301, o art.67 da LDB passou a conceituar as funções de magistério como as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico.
Logicamente se pensou: então, agora, também o pessoal de suporte ao magistério terá direito a uma aposentadoria específica na mesma forma da já era concedida ao professor.
É importante dizer que durante muito tempo o INSS negou direito de aposentadoria especial ao Diretor e vice-diretor escolar, ao supervisor, orientador ou coordenador escolar, enfim, a todos os cargos ou funções que não tivessem atividade exclusiva em sala de aula.
Contudo, em 2008, o Governo federal fez constar na redação do Dec. Federal 3.048/90 a vontade de também beneficiar os demais trabalhadores do magistério com a aposentadoria especial concedida apenas ao professor, assim hoje vale o seguinte texto legal:
Art. 58...
§ 2o Para os fins do disposto no § 1o, considera-se função de magistério a exercida por professor, quando exercida em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as funções de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico. (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
Essa a regra que o INSS irá aplicar a aposentadoria dos demais profissionais do magistério, aposentadoria nos moldes da que já vinha sendo concedida ao professor docente, 25 anos de contribuição, a mulher, e 30 anos, o homem, sem condicionamento de idade.
Embora muito se tenha dito sobre a inconstitucionalidade da Lei 11.301 logo de sua edição, está valendo para os funcionários operadores do processos de aposentadoria no INSS a regra do decreto federal citado, devendo o servidor do magistério fazer valer o seu direito a uma aposentadoria diferenciada.

postado por gleydson alves pontes em http://www.uniblog.com.br/gleydson_pontes/

APOSENTADORIA DE PROFESSOR LEIGO


O Governo Federal tem prejudicado muitos professores ao endurecer o texto do Dec. Federal 3.048/90 quanto ao caráter do exercício do magistério. Dessa forma, muitos professores(as) que tem tempo de contribuição como professor(a) leigo não estão conseguindo se aposentar por não comprovar por diploma ou outro documento que já estavam habilitados quando começaram as suas carreiras de professor.
Desse modo, o tempo de contribuição especial de professor somente passa a ser contado do momento em que o mesmo conseguiu se formar minimamente para a docência (art. 64 da LDB). Assim, a professora que tem 25 anos de contribuição como tal, mas que somente se formou três anos após o ingresso no magistério contará com apenas vinte e dois anos de contribuição especial.
O INSS age de modo a desconhecer o magistério ou docência leiga, obrigando o professor a trabalhar mais que o necessário.
Porém, a partir de 2005 os professores têm a seu favor decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a qual reconhece o direito do professor em ver computado como docência o tempo em que esteve como professor leigo, independentemente de sua habilitação haver sido retardada por qualquer motivo, o que beneficia também aqueles professores que entraram no magistério com formação já concluída, mas que somente três ou quatro anos após receberam os seus diplomas. Explica-se: é que também por determinação do decreto 3.048/90 os documentos apresentados ao INSS somente provam fatos que lhes forem contemporâneos. Ou seja, muito embora formado em 1983, o INSS somente contará como tempo de magistério habilitado a partir da data da expedição do diploma e não da efetiva formação do professor.

O INSS continuará decidindo os processos de aposentadoria baseado no nefasto decreto, e assim o professor deverá procurar seu sindicato ou advogado para fazer valer seu direito na justiça. A vantagem disso é que após a tramitação demorado do processo judicial, o professor receberá o montante correspondente a todas as prestações de aposentadoria que deveria ter recebido se o INSS tivesse aceitado desde logo o seu pedido, e isso será contado desde a data em que foi feito o pedido pelo professor.

Abaixo damos conhecimento do julgado do STF:

Aposentadoria especial. Magistério. Cômputo do trabalho exercido sem habilitação profissional. Admissibilidade . Inteligência do art. 0, III da Constituição Federal. Necessidade apenas de efetivo exercício no magistério.
1. No recurso extraordinário a recorrente, com base no art. 102, III, “a”, alega ofensa ao dispoto no art. 40, III, “b”, da Constituição Federal. 2. Inadmissível o recurso. O acórdão impugnado decidiu com estrita conformidade com a Jurisprudência assentada da Corte sobre o tema, como se pode ver a seguinte decisão exemplar: “Ao aludir a Constituição Federal, no art. 40, III, b, o professor e a professora partiu ela da premissa de que quem tem exercício efetivo de magistério deve ser professor ou professora, o que, no entanto, não afasta a aplicação desse dispositivo àquele que, como no caso, foi contratado, apesar de não ter habilitação específica, para prestar serviços como professora e os prestou na função de magistério, e isso porque esta aposentadoria especial visa a beneficiar quem exerceu efetivamente, como professor ou professora, (habilitados ou não) funções de magistério que contem tempo para a aposentadoria no serviço público.Em face do exposto, nego seguimento ao presente agravo.” (AI 323.395 – Rel. Min. Moreira Alves – DJ de 14.05. 2001). No mesmo sentido, cf. AI 307. 445 – Rel. Min. Sepúlveda Pertence – DJ de 15.06.2004; AI 251.058 – Rel. Min. Marco Aurélio – DJ de 13.12.1999. Ante ao exposto, nego seguimento ao recurso (RISTF, art. 21, §1º, Lei 8.038, de 28.05.1990, art. 38 e CPC, art. 557). Publique-se Int. Brasília, 29 de março de 2005. REl. Min, Cezar Peluso.
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O FUNDEB EM 2010

Os números oficiais publicados no dia 28 de dezembro configuram um fundeb para 2010 com as seguintes características:
O montante de recursos que estão previstos para circular nos fundos estaduais será de 83 bilhões 095 milhões de reais. Deste montante a União entrará com 6 bilhões 861 milhões.
Apesar de que 10% do montante depositado pelos estados e municípios ser de 76,2 bilhões, o que levaria a obrigar a União depositar para a complementação 7,62 bilhões, a legislação permite que até 10% deste recurso seja utilizado para financiar projetos nacionais e para ser utilizado no auxilio a estados e municípios que comprovarem a impossibilidade de pagar o piso salarial nacional para o magistério. Assim, foram reservados 762 milhões para estas tarefas, valor descontado do recurso destinado a complementação da União.
Com isso, o valor mínimo por aluno que estava previsto pela própria União de ser R$ 1443,63 caiu para R$ 1415,97. Este valor representa uma correção de 16% sobre o valor previsto para 2009.Serão nove fundos estaduais beneficiados com recursos da complementação (Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí).
O estado do Rio Grande do Norte chegou a ser computado no documento enviado pelo governo junto com a Proposta de Lei Orçamentária para 2010, mas refeitos os cálculos este estado deixou de merecer complementação.
A União repassará 85% do valor previsto até dezembro e os 15% restantes em janeiro de 2011.
O maior valor por aluno é do estado de Roraima (R$ 2.666,53), seguido por São Paulo (R$ 2.318,75) e Distrito Federal (R$ 2.166,84).
Postado por Luiz Araújo no site do sintepp